- As soluções avançadas de videovigilância, como as câmaras PTZ e a inteligência artificial, tornaram-se essenciais para a deteção precoce e a resposta rápida a estes incêndios.
- Tecnologias semelhantes estão a ser utilizadas em vários países, provando a sua eficácia na prevenção e gestão de incêndios.
Em 2022, a Espanha viveu uma das suas piores épocas de incêndios florestais, com cerca de 227 507 hectares de terra devastada e um impacto económico superior a 3 mil milhões de euros, de acordo com dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS). Até agora, em 2024, já foram afectados 37 992 hectares, e as previsões para as próximas décadas são ainda mais alarmantes: estima-se que, até 2050, a área afetada pelos incêndios possa aumentar de 8% para 23% a nível mundial.
Face a este desafio, as soluções de videovigilância afirmaram-se como ferramentas essenciais para a prevenção, deteção precoce e resposta rápida aos incêndios. Estas soluções são agora mais cruciais do que nunca para mitigar os riscos associados aos incêndios em Espanha. De acordo com Alberto Alonso, Engenheiro de Soluções do Sul da Europa da Axis Communications, líder mundial em sistemas de vídeo em rede, “esta tecnologia pode fazer a diferença entre um pequeno incêndio controlável e um devastador”.
Tecnologia essencial para deteção e resposta eficazes
A Axis Communications está na vanguarda do desenvolvimento de tecnologias de deteção de incêndios baseadas em câmaras inteligentes, destacando várias opções disponíveis no mercado. Como tal, estas tecnologias avançadas incluem câmaras de rede, sensores inteligentes e análise de vídeo, concebidas para enfrentar o desafio dos incêndios em áreas florestais e urbanas. Um bom exemplo é a utilização de câmaras PTZ de alta precisão, que permitem uma vigilância eficaz em grandes áreas naturais e urbanas, integrando-se com sistemas de gestão de vídeo (VMS) para fornecer uma monitorização precisa e uma resposta imediata.
Um caso de sucesso notável é o sistema de vigilância avançado denominado Stribor, implementado na Croácia, que utiliza uma densa rede de torres de antenas equipadas com câmaras PTZ para monitorizar áreas propensas a incêndios. Na Califórnia, foi adoptada uma abordagem semelhante com uma rede de cerca de 650 câmaras remotas que permitem aos bombeiros monitorizar as áreas afectadas e reagir em segundos.
O papel da inteligência artificial na deteção de incêndios
A capacidade destas câmaras para detetar e analisar condições perigosas antes de estas se transformarem em incêndios é fundamental. A utilização da aprendizagem profunda e da análise preditiva permite que estes sistemas identifiquem alterações nas condições ambientais, como a humidade ou a acumulação de material inflamável, permitindo intervenções preventivas que podem salvar vidas e reduzir os danos. A inteligência artificial (IA) também desempenha um papel crucial no combate aos incêndios. Empresas como a Robotics Cats desenvolveram sistemas de deteção de incêndios baseados em IA capazes de analisar imagens em tempo real.
Aplicações críticas em meio urbano e industrial
Para além da sua aplicação em ambientes florestais, estas soluções são vitais em áreas urbanas e industriais. Tecnologias como os detectores de fumo baseados em vídeo e as câmaras de alarme de temperatura permitem que as equipas de emergência reajam antes de os incêndios ficarem fora de controlo.
“A crescente frequência e intensidade dos incêndios em Espanha é um sinal claro de que precisamos de uma abordagem mais pró-ativa e tecnológica para proteger os nossos ambientes. As soluções avançadas de videovigilância não só nos permitem detetar e responder aos incêndios de forma mais eficaz, como também estão a redefinir a forma como prevenimos estas tragédias. Estamos num ponto crítico em que a tecnologia pode fazer a diferença entre um incidente controlado e uma catástrofe”, diz Alonso.