Ir para o conteúdo principal

Melhorar a segurança do setor retalhista através da colaboração comunitária e da integração de tecnologia

5 minutos de leitura
etiquetas:
escrito por:
Melhorar a segurança do setor retalhista através da colaboração comunitária e da integração de tecnologia

No atual panorama complexo do setor retalhista, a prevenção eficaz da criminalidade requer uma abordagem colaborativa que vá além dos limites individuais das lojas. Ao trabalhar em conjunto com empresas locais, forças da lei e serviços de segurança, os retalhistas podem melhorar significativamente a sua postura de segurança e atenuar o risco de crime.

O Loss Prevention Research Council (LPRC) reconhece o papel crítico da comunidade na prevenção do crime retalhista, dedicando uma das suas Cinco Zonas de Influência a esta área. Isto deve-se ao facto de o crime organizado operar frequentemente em vários locais e jurisdições, incentivando as organizações locais a colaborarem e a aproveitarem os dados disponíveis para coordenar os esforços com empresas e agências de aplicação da lei vizinhas.

Ao longo dos anos, os retalhistas têm confiado nas suas próprias medidas de segurança internas para prevenir a criminalidade. No entanto, esta abordagem já não é suficiente no atual ambiente de ameaças complexas. Ao aproveitarem os respetivos dados e colaborarem com outras partes interessadas, os retalhistas podem unir os seus conhecimentos e recursos coletivos para criar uma estratégia de segurança mais abrangente e eficaz.

No contexto da segurança retalhista, a "comunidade" abrange um ecossistema mais amplo de partes interessadas, incluindo empresas locais vizinhas, centros de operações de segurança privada (SOC), serviços de segurança e agências de aplicação da lei com centros criminais em tempo real (RTCC). Dada a enorme carga económica do crime no setor retalhista - com perdas estimadas no total de £1,8 mil milhões no Reino Unido, $112 mil milhões nos EUA e €17 mil milhões na UE - é claro que os retalhistas individuais não conseguem combater eficientemente este problema sozinhos. Para enfrentar este desafio, surgiram iniciativas colaborativas, como o The Coalition of Law Enforcement and Retail (C.L.E.A.R) nos Estados Unidos e o Pegasus no Reino Unido, a promoverem parcerias entre as forças policiais e o setor privado retalhista para partilhar informações, melhores práticas e recursos na luta contra a criminalidade no retalho.

Centros de Operações de Segurança (SOC)

Os SOC são tipicamente centros de administração privada implementados pelos retalhistas para detetarem ameaças em tempo real, bem como para o fornecimento de serviços reativos. Através da análise de dados visuais, ajudam a promover a consciência situacional e a deteção pró-ativa, reduzindo os tempos de resposta a incidentes, ao mesmo tempo que permitem a análise forense de incidentes registados. Também ajudam na gestão de registos de incidentes e no armazenamento e partilha de informações. 

Centros criminais em tempo real (RTCC)

Os RTCC são administrados por agências policiais para proporcionar consciência situacional em tempo real da área e ajudar a determinar a resposta adequada a quaisquer incidentes ao vivo, bem como para evitar imediatamente um agravamento adicional. As tecnologias de vigilância públicas e privadas (quando disponíveis) enviam os dados para uma rede centralizada, melhorando significativamente a visibilidade e a área abrangida. Um software poderoso analisa automaticamente as gravações em tempo real, alertando para incidentes e comportamentos suspeitos. Isto também simplifica os processos pós-incidente que, de outro modo, poderiam demorar dias, reduzindo significativamente os prazos de investigação. 

Integração de tecnologia: A chave para o sucesso

No centro de uma colaboração bem-sucedida com a comunidade está a capacidade de analisar informações úteis em tempo real. Isto requer uma infraestrutura tecnológica robusta que possa facilitar a troca de dados entre diferentes partes interessadas. As normas de tecnologia aberta e as redes centralizadas são essenciais para garantir uma comunicação harmoniosa e minimizar os problemas de interoperabilidade.

Ao utilizar sistemas de gestão de vídeo (VMS) equipados com funcionalidades de vanguarda, como a pesquisa forense, os retalhistas podem simplificar significativamente a identificação e a localização de incidentes específicos, indivíduos e veículos associados ao crime organizado. Com uma base de dados pré-existente de identificadores conhecidos, os retalhistas com os seus centros de operações de segurança (SOC) e centros criminais em tempo real (RTCC) parceiros podem identificar e investigar rapidamente atividades suspeitas. Esta funcionalidade de pesquisa melhorada permite tempos de resposta mais rápidos, uma melhor recolha de provas e uma maior colaboração entre as partes interessadas, reforçando, em última análise, a capacidade de toda a comunidade combater a criminalidade no setor retalhista.

Embora os regulamentos de proteção de dados, como o GPDR e a CCPA, imponham regras rigorosas sobre a recolha, utilização e armazenamento de dados pessoais, permitem a partilha de dados pessoais com as agências policiais em determinadas circunstâncias. Os retalhistas devem garantir que cumprem estes regulamentos quando partilham informações com terceiros.

Adotar uma abordagem colaborativa à prevenção da criminalidade no setor retalhista

O futuro da prevenção da criminalidade no setor retalhista reside na coordenação colaborativa e estratégica entre os retalhistas, as autoridades policiais e os serviços de segurança. Além da simples gestão de incidentes individuais, esta forma de partilha de informações oferece benefícios muito maiores. Ao agregar informações e dados de incidentes, os retalhistas e a comunidade em geral podem identificar padrões, tendências e infratores reincidentes com maior facilidade. Esta inteligência coletiva permite desenvolver estratégias baseadas em dados para reduzir o crime, ao mesmo tempo que simplifica o processo de investigação e minimiza o esforço manual. Além disso, iniciativas como o programa SaferPlaces do Loss Prevention Research Council (LPRC) demonstram o valor da investigação colaborativa na melhoria das estratégias de prevenção de perdas. Ao envolver forças da lei, especialistas, funcionários das lojas, clientes e até mesmo antigos infratores, estes programas revelam informações valiosas sobre os fatores que impulsionam a criminalidade no setor retalhista, contribuindo, em última análise, para um ambiente de compras mais seguro.

O futuro da luta contra a criminalidade no retalho reside na partilha de informações. A colaboração comunitária e a integração de tecnologia são componentes essenciais de uma estratégia de segurança retalhista abrangente. Ao trabalharem em conjunto e partilharem informações, os retalhistas podem melhorar significativamente a sua postura de segurança e atenuar o risco de crime. À medida que o panorama do retalho continua a evoluir, é imperativo que os retalhistas deem prioridade à colaboração comunitária e invistam na infraestrutura tecnológica necessária para apoiar esta abordagem.

Clique aqui para obter mais informações sobre as soluções da Axis Communication para o setor retalhista.

James Stark

James Stark é Segment Development Manager for Retail na Axis Communications. Nesta função, é responsável pelo desenvolvimento de estratégias e pela criação de relações de canal para expandir a presença da Axis no mercado retalhista das Américas.
O Sr. Stark é um especialista na matéria com experiência dinâmica na liderança de iniciativas transfuncionais, através do aproveitamento da análise de dados empresariais, do planeamento estratégico e de sistemas e ferramentas especializados para otimizar as medidas de segurança, a gestão de riscos e a experiência do cliente. Tem mais de 30 anos de trabalho com o setor do retalho e especializa-se na prevenção de perdas, segurança, fraude de comércio eletrónico e segurança da cadeia de fornecimento.

James Stark
To top